30/12. Um dia histórico na Argentina. Pouco depois das 4 da manhã, o Senado sancionou o projeto de lei que legaliza o aborto na Argentina, enquanto uma maré de pessoas, a favor e contra, esperava a resolução de um debate que durou mais de 12 horas e manteve em suspense para boa parte do país.
O que prevê a lei?
A lei prevê que o aborto será legal até a 14ª semana de gestação inclusive e só pode ser prorrogado em caso de estupro ou se a saúde da mulher estiver comprometida. A partir de sua solicitação, o procedimento deve ser realizado no prazo máximo de dez dias.
Os menores de 13 anos devem apresentar o termo de consentimento livre e esclarecido e o auxílio de um dos pais ou responsáveis, enquanto que os adolescentes entre 13 e 16 anos podem ir com uma “referência afetiva”.
Permite a objeção de consciência do pessoal de saúde, mas obriga os centros a encaminharem a paciente caso não tenham profissionais dispostos a realizar o aborto. As obras sociais e pré-pagas devem incluir cobertura abrangente e gratuita para a interrupção voluntária da gravidez.
O que o Papa disse e a posição da Igreja
Francisco referiu-se à legalização do aborto pelo Vaticano e ratificou seus ditos que guardou sempre que foi consultado sobre o assunto.
“Os cristãos, como todos os crentes, bendigam a Deus pelo dom da vida. Viver é antes de tudo ter recebido a vida. Todos nascemos porque alguém nos desejou a vida”, disse o Sumo Pontífice durante o discurso durante a audiência. General do Ano Ele também postou uma mensagem no Twitter referindo-se à sanção do Senado.