A vacina conhecida como Sars-CoV-2, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, no combate ao coronavírus, será testada em cerca de dois mil brasileiros. Os testes iniciais serão conduzidos nas capitais mais atingidas do país – Rio de Janeiro e São Paulo.
Com a América Latina no foco da pandemia, Fraser Hall, presidente da AstraZeneca, acredita que a aceleração nos casos confirmados de Covid-19 contribua diretamente para a quantidade de demanda da vacina.
“Além da grande população, o país está em franca aceleração de casos de pessoas com Convid-19. No Brasil, estamos trabalhando em várias áreas. Uma é na área de pesquisa. No dia 2, tivemos a aprovação de uma testagem da vacina no país, com 2 mil pessoas. A segunda é trabalhar com o governo brasileiro sobre quantidades, determinar quantes doses o Brasil vai querer”, explicou em entrevista ao portal Estadão.
Ainda de acordo com Frase Hall, não será possível produzir a vacina na filial da AstraZeneca do Brasil, localizada em São Paulo.
“A produção da vacina é um processo muito específico e, neste caso, é uma vacina viva”, pontuou.
No entanto, dois acordos internacionais fechados pela biofarmacêutica facilitam a possibilidade de laboratórios brasileiros fornecerem vacinas para a instituição.
Os voluntários da saúde para o teste com a nova vacina serão submetidos a triagem e aplicações de imunizações – pelo menos até o final do mês de junho.
Do total de participantes, cerca de dois mil, metade deve receber dose única da vacina ChAdOx1, de Oxford, e a outra metade receberá um placebo.