A agência reguladora de saúde brasileira, Anvisa, aprovou nesta terça-feira (23) o registro definitivo da vacina do laboratório americano contra o coronavírus para poder comercializá-la e usá-la de forma generalizada, embora o imunizante ainda não esteja disponível no país.
Aprovação da Pfizer
De acordo com a Anvisa, é o “primeiro registro de vacina contra covid-19, de amplo uso, nas Américas”.
O Brasil está fazendo campanha de vacinação com o CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e com o produzido pela Oxford / AstraZeneca, ambos homologados pela Anvisa apenas para uso emergencial em grupos prioritários.
O regulador sanitário acrescentou que a vacina desenvolvida pelo laboratório americano Pfizer com a alemã BioNTech “teve sua segurança, qualidade e eficácia medidas e verificadas”, e ainda disse que:
“Esperamos que outras vacinas estejam sendo avaliadas e aprovadas em breve”.
O presidente Jair Bolsonaro negocia com a Pfizer desde o ano passado a compra de dezenas de milhões de doses, mas as negociações são dificultadas pela exigência de que a farmacêutica fique isenta de responsabilidade em relação a possíveis efeitos colaterais.
A aprovação do registro definitivo chega em um momento em que o Brasil, segundo país mais atingido pelo coronavírus com 247 mil mortes, vive uma campanha de vacinação lenta.
Mais de seis milhões de pessoas foram vacinadas no Brasil, o que corresponde a 2,8% dos 212 milhões de habitantes, até agora.
Embora seja mundialmente reconhecido por sua capacidade de imunizar em massa sua população, o país começou sua campanha de vacinação após outros países latino-americanos e de forma muito gradual, com foco primeiro nos profissionais de saúde, idosos e população indígena.