A volta do auxílio emergencial já está sendo debatida em Brasília. Inclusive, o presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira (10/02) o retorno do novo auxílio, mas advertiu que “não há dinheiro no cofre” e qualquer pagamento será feito com endividamento do governo. A afirmação foi feita pelo presidente durante um encontro com prefeitos no Ministério da Educação.
“A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar”.
Retorno do auxílio emergencial
Ainda no final de janeiro, o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, reconheceu que existe a possibilidade de retomar o auxílio emergencial que foi lançado para mitigar o impacto da pandemia do coronavírus.
“Se a pandemia criar uma nova onda, com 1.200 ou 1.300 mortes por dia, sabemos como agir. Mas temos que ver se é esse o caso ou não”, disse o funcionário em entrevista coletiva.
De qualquer forma, Guedes indicou que a medida “exigirá sacrifícios” por parte do país e defendeu em troca o congelamento de verbas para saúde e educação e salários dos funcionários públicos.
“Não se trata apenas de pegar o dinheiro e fugir. É preciso fazer todos os sacrifícios”, explicou o chefe da carteira da economia brasileira.
O governo agora busca uma forma de bancar o auxílio sem furar a regra do teto de gastos ou criar uma alternativa legal, como estado de emergência, que permita o governo quebrar a regra.
Sobre o valor, discute-se o valor da parcela de R$ 300 ou R$ 200. Mas essa análise está sendo estudada pelo governo.
Por fim, a volta do retorno do auxílio emergencial mesmo com parcela menor e para um público mais restrito e que realmente precisa, pode, inclusive aumentar a popularidade do presidente. Resta esperar as próximas medidas, porque, ao que tudo indica, mesmo com vacina a pandemia do coronavírus ainda não tem fim.